O tema a ser abordado hoje é a ferramenta de ganhos e perdas utilizada no coaching. Trata-se de uma ferramenta interessante, porque trabalha e prepara as pessoas para uma tarefa difícil: aceitar e conviver bem com as perdas.
Existe um livro de Judith Viorst que se chama Perdas Necessárias. Ela diz que, por onde quer que olhemos, veremos as pessoas lutando contra as perdas, e ela não considera somente a perda da morte, mas também a perda ocasionada quando mudamos e deixamos as coisas para trás, a perda de expectativas impossíveis. Mas, segundo Judith, para crescermos, precisamos perder, abandonar, desistir. Percebemos que é um processo doloroso, mas necessário. Para compreender nossa vida, precisamos entender como enfrentamos nossas perdas.
Quando trabalhamos ganhos e perdas, percebemos como o coachee reage frente a perdas e, indo além, tentamos minimizar a dor da perda, encontrando ali alguns ganhos que farão o sujeito não desistir de seu caminho. Se as perdas são maiores que os ganhos, movidos pelo princípio do prazer, abdicamos do desejo e do sonho e voltamos ao estágio anterior, por ser mais confortável. Será que não é isso que faz tantas pessoas estagnarem na zona de conforto?
O processo de coaching ajuda a clarear esse caminho e encontrar mais prazer naquilo que poderia ser visto como dor, ou sabotador do nosso projeto. Saber perder é estar preparado para crescer. Aprendemos a equilibrar restrições e gratificações e estreitamos a distância entre sonhos e possibilidades. Ser adulto é ser responsável, sem culpar nada nem ninguém por sua situação atual, sabendo o que é e o que pode vir a ser.
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